Incerteza sobre abastecimento de água em Milhã. Moradores fazem racionamento por causa da seca

Foto: Divulgação

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Com adutora sem funcionar, um dos reservatórios sem água e o outro com a capacidade mínima, moradores de Milhã, no sertão Central do Ceará, são castigados pela seca.

O período chuvoso neste ano foi abaixo da média. Por isso, o abastecimento de água no município de Milhã ficou comprometido. Os dois reservatórios da cidade estão com funcionamento reduzido. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Piquet Carneiro, Solonópoles, Catarina e Milhã, entidade filiada à CUT – CE, Djan Lopes, o Monte Sombrio está sem água e o Sítio Jatobá está apenas com a capacidade mínima. “Como o reservatório está quase seco, a água está sem qualidade, bastante suja”, denuncia.

Na área urbana, a situação obrigou a população a racionar água. Já na rural, a bacia leiteira de Milhã, considerada a 2ª maior do estado, foi prejudicada. Cerca de 3000 trabalhadores (as) rurais foram afetados pela seca. “Alguns tiveram que vender o rebanho, outros migraram para outros municípios, onde ainda têm água e folhagem suficientes para o gado sobreviver”, conta o Djan Lopes.

Além dos prejuízos causados pela seca, a população de Milhã sofre com o descasco do poder público para amenizar os efeitos da seca. O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais da região conta que, desde 2011, os canos e motores da adutora do município foram saqueados, por isso o equipamento deixou de levar água do açude do Patu, em Senador Pompeu, até Milhã. “Não temos também previsão de realização de projeto voltado para reduzir os prejuízos da seca no município. Nem abastecidos pelo carro-pipa somos. Acredito que essa é a a pior seca da história de Milhã”, lamenta.

Fonte: www.cutceara.org.br

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