Terreno com cinco mil metros quadrados vai abrigar um novo espaço cultural. Depois da operação, a interdição ao trânsito da região foi liberada.
O relógio marcava 7h quando foi acionado o botão para a implosão da antiga fábrica da Rheem Química, na Rua Prefeito Olympio de Melo, em Benfica, Zona Norte do Rio, neste domingo (2).
Vias importantes da região foram interditadas como a Avenida Brasil, em ambos os sentidos; o viaduto Ataulfo Alves; as ruas Prefeito Olympio de Melo e Ricardo Machado para operação. Apesar dos pedidos da Defesa Civil e todo esquema de segurança montado para que moradores e curiosos deixassem o entorno, muitas pessoas acordaram cedo para acompanhar a implosão.
A implosão durou oito segundos e a queda foi iniciada pelo meio da construção. Foram utilizados cerca de 300 kg de explosivos para a detonação. O material proveniente da ação será triturado e reaproveitado em obras do município.
Para garantir a segurança da população, uma área de raio de 150 metros a partir da antiga fabrica foi isolada às 5h, duas horas antes da implosao. Neste período ficou interditada para a circulação de pessoas e veículos as vias da região isolada.
No terreno, uma área de cinco mil metros, será construida, a partir de 2013, a Escola da Rua, espaco destinado a manifestações artísticas de funk, hip-hop e grafite.
O local foi desapropriado em agosto de 2011pela Secretaria Muncipal de Fazenda e, após vistoria da Defesa Civil, ficou constatado o risco de queda do imóvel, que determinou a implosão da antiga fábrica. Logo depois da queda do prédio e do fim da poeira, funcionários da Comlurb já começaram a limpar o lugar. O trânsito no entorno da operação foi liberado por volta das 7h30.
“O resultado foi o esperado. O próximo passo é a reciclagem do material. Vamos passar os próximos três meses separando concreto. O material que pode ser aproveitado do aço e posteriormente esse material será reutilizado em obras de pavimentação da prefeitura”, disse Alexandre Pinto, secretário municipal de obras.
“A participação da Associação dos moradores foi fundamental. Desde 4h da manhã as pessoas já saíam de suas casas. Elas encararam a implosão como um grande evento. As creches foram abertas para as crianças e a quadra de escola de samba foi aberta”, disse o subsecretário municipal de Defesa Civil, Márcio Motta.
Fonte: G1