O primeiro dia de greve dos bancários no Ceará contou com a participação significativa da categoria e o fechamento de boa parte das agências. Segundo o Sindicato dos Bancários do Ceará, 231 das 484 agências foram afetadas em todo o Estado nesta terça-feira (18).
Em Fortaleza, a paralisação afetou a maior parte das agências. Apesar do movimento, pelo menos duas agências da Caixa Econômica Federal funcionaram normalmente na cidade.
O presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, disse que adesão ao primeiro dia da greve foi maior que no primeiro dia da paralisação do ano passado.
Quem precisou ir aos bancos resolver pendências nesta terça-feira teve de suportar a frustração de mais uma greve.
“A greve iniciou com uma boa adesão, de todos os bancos. Não posso afirmar que estão todos fechados, mas em nossa percepção, a adesão já é, neste primeiro dia, superior a do primeiro dia da greve do ano passado”, afirmou Bezerra. O presidente do sindicato citou, ainda, que foi informado de, dentre outras, pelo menos duas agências da Caixa Econômica funcionando normalmente na Capital.
O bancário garantiu, ainda, que a categoria aguarda o contato dos banqueiros para tentar retomar as negociações. “Estamos preparados para a negociação, mas os bancos silenciaram desde o último dia 4, não se manifestaram em retomar a negociação. Os bancos estão demonstrando a falta de responsabilidade com a população e com os trabalhadores”, disparou.
Febraban lamenta
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), através de nota, afirmou que “lamentou muito essa decisão” dos bancários de iniciarem a greve. Além disso, afirmou que “greve é ruim para todo mundo: é ruim para o bancário, é ruim para o banco, é ruim para a população, que já foi muito incomodada pela onda de greves dos funcionários públicos e não merece ser mais incomodada com uma paralisação dos bancários”, e reforçou que seu posicionamento é embasado no “diálogo na mesa de negociações”, sem, entretanto, nos informar quando foi a última rodada de negociações.
A proposta da Fenabran é de reajuste de 6%, piso salarial de R$ 2.014,38 em jornada de seis horas, dentre outras coisas. Os bancários exigem 10,25% de reajuste, salário de R$ 2.416,38, dentre outros pontos.
Maior greve
Em 2011, os bancários ficaram parados por 21 dias, naquela que foi a maior greve de bancos privados dos últimos 20 anos. “Para superar a intransigência, temos de estar preparados para fazer uma greve maior que a do ano passado”, finalizou Carlos Eduardo.
Fonte: Diário Do Nordeste