Fortaleza e Polícia Militar divergem sobre plano de segurança

Foto: Diário do Nordeste

Foto: Diário do Nordeste

A medida educativa do Ministério Público que suspendeu a Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF) de entrar em estádios por 90 dias tem gerado polêmica. O diretor de publicidade e relações públicas do Fortaleza, Fábio Mota, questionou a iniciativa do MP-CE e disse a torcida organizada do Ceará Sporting Club, Cearamor, também deveria sofrer punição.

De acordo com o diretor, nos dias que antecederam o jogo, houve incitação à violência por parte da Cearamor, por meio das redes sociais, para participarem do jogo representando o Paysandu. “A torcida incitou a violência, convocando a comparecer o torcedor a um jogo que não era do seu time”, ressaltou.

Reclamação com a polícia

Segundo Fábio Mota, O Fortaleza Esporte Clube solicitou à Polícia, para que os assentos dos torcedores visitantes fossem contrários aos da TUF, justamente para evitar que fossem arremeçadas bombas. A solicitação ocorreu durante as reuniões de plano de ação que antecederam os jogos.

Também foi questionado o fato de que a torcida organizada do Paysandu foi proibida de entrar nos estádios do Pará, devido à violência. De acordo com Fábio, o comandante da Companhia de Policiamento de Eventos, major George, foi informado dos problemas e não tomou nenhuma atitude para evitar o confronto entre as torcidas.

O diretor disse ainda que a torcida organizada do Fortaleza mereceu ser punida, mas que 90 dias foi uma medida exagerada. “A TUF mereceu ser punida, mas o major vem mostrando incompetência e isso está evidente. Chegou a hora de se trocar o comando. A cada jogo, desde o Campeonato Cearense, vêm acontecendo falhas”, explicou.

Polícia se defende

O comandante da Companhia Independente de Policiamento de Eventos (Cipe), George Benício, disse que o plano de ação para a segurança dos jogos é de responsabilidade do clube mandante, no caso de domingo (16), o Fortaleza Esporte Clube. “O clube apresenta para a polícia o plano de ação e nós analisamos se concordamos ou não. Seguimos exatamente como manda o estatuto do torcedor”, enfatiza Benício.

O Fortaleza alega que teria solicitado para a PM que os assentos dos torcedores visitantes fossem contrários aos da TUF, Benício defende-se destacando que por questões estruturais não tem como o torcedor visitante ser colocado do outro lado. “Com a reforma do estádio, não temos portões que facilitem o acesso dos torcedores visitantes para o lado que o Fortaleza questiona”.

Fonte: Diário do Nordeste

Deixe um comentário

scroll to top