Italiano é preso na Beira-Mar

FOTO: JOSÉ LEOMAR

O estrangeiro foi autuado na Dececa por estupro de vulnerável. O europeu está preso na Delegacia de Capturas

FOTO: JOSÉ LEOMAR

Um italiano de 69 anos foi preso, na tarde de ontem, acusado de aliciar duas garotas, na Praia do Náutico, na Beira-Mar. Segundo informações da Polícia, ele teria oferecido uma quantia em dinheiro a uma adolescente de 12 anos e a uma criança de 11 anos, para que elas fizessem poses eróticas e deixassem que ele as acariciasse. Ainda de acordo a Polícia, o engenheiro Gean Paolo Mendola, declarou que está no Brasil há 15 meses e tem o visto de permanência no País, desde junho. Ele mora no Ceará com a esposa, que é brasileira.
O comandante do BPTur, tenente-coronel Cláudio Mendonça, acompanhou a condução de Gean Paolo até a Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), onde ele e as duas supostas vítimas fariam exames de corpo de delito.
Testemunhas teriam visto a movimentação que se dava dentro do mar, próximo a areia, e acionaram os policiais do Batalhão de Proteção ao Turista (BPTur), que efetuaram a prisão em flagrante do italiano

Ao chegar à delegacia, Gean Paolo negou todas as acusações contra ele e disse estar tomando de banho de mar, quando as garotas se aproximaram e lhe pediram dinheiro. No entanto, a delegada Ivana Timbó, titular da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), onde o flagrante-delito foi lavrado, disse que as versões das adolescentes, das testemunhas e dos PMs que presenciaram o fato, corroboram o abuso.

O tenente-coronel Cláudio Mendonça, comandante do BPTur, afirmou que, por estar em um lugar visível, o acusado chamou atenção dos passantes com sua ação criminosa. “Ele não tentou esconder o que estava fazendo. Depois de colocar as adolescentes em posições eróticas, ele as apalpou”, contou Mendonça.

Ivana Timbó disse que as investigações irão continuar, mas que o crime foi caracterizado. “Ele foi autuado por estupro de vulnerável e será transferido para a Delegacia de Capturas e Polinter (Decap)”, ressaltou.

A delegada disse também, que as vítimas não declararam endereço, nem nome dos pais, mas a Dececa já entrou em contato com o Conselho Tutelar para que as providências sejam tomadas. “Elas dizem que moram na rua. Podemos perceber que os vínculos familiares delas são vulneráveis e prejudicados”.

O advogado do italiano, Alfredo Ricardo, disse que a vítima da história é seu cliente. “A verdade logo aparecerá. Este homem é um cidadão. O rapaz, que serviu de testemunha para o caso pode até ser amigo delas”.

Fugiram de abrigo

Um trabalhador autônomo, que está diariamente da Beira-Mar, disse que as vítimas estão morando na rua, atualmente, e que elas fazem parte de um grupo de crianças e adolescentes que fugiram de um abrigo. A delegada disse que irá investigar o fato.

Fonte: Diário do Nordeste 

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