A delegada Adília Maria Lélis, titular da Delegacia Metropolitana de Aquiraz (DMA), está no comando das investigações para descobrir os autores de uma chacina ocorrida na noite do dia 10 deste mês, na localidade de Baixa Grande, naquele município. A terceira vítima dos tiros, que estava internada no Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro), morreu na noite da última segunda-feira (24).
De acordo com a delegada Adília Lélis, a maioria dos crimes ocorre em lugares de difícil acesso, longe dos olhares dos moradores dessas regiões. A falta de testemunhas dificulta a descoberta dos autores dos homicídios .
A maior dificuldade para a Polícia é a dificuldade em localizar testemunhas do crime que possam ajudar na identificação dos suspeitos. “Até agora só conseguimos ouvir o pai de uma das vítimas. Temos duas linhas de investigação, mas ainda não podemos revelar”, disse a delegada. A motivação, conforme os primeiros levantamentos da Polícia Civil, está diretamente ligada ao tráfico de drogas.
Drogas
Para Adília Lélis, uma das vítimas tem envolvimento com drogas, mas ainda não é possível afirmar qual delas. “Acredito que os bandidos foram para matar essa pessoa e os outros acabaram mortos”, afirmou.
Na ocasião, bandidos chegaram armados por volta das 19 horas e efetuaram vários disparos. Leandro Teixeira dos Santos e Francisco Regisman Rodrigues de Castro morreram no local. Raimundo Pires dos Santos foi levado para o IJF-Centro, onde permaneceu internado até o último dia 10, quando morreu.
“Vamos continuar investigando e seguindo as pistas que já temos, mas ainda é cedo para falar nos nomes dos suspeitos”, disse a titular da DMA.
A delegada, que assumiu a Metropolitana, em maio deste ano, destacou as dificuldades para investigar os homicídios, que já passaram de 30, nos nove meses de 2011. “A maioria desses inquéritos é de autoria desconhecida. Os crimes ocorrem em locais de difícil acesso, sem a presença de testemunhas. Os poucos casos em que alguém presenciou, as pessoas têm medo de prestar depoimento e serem as próximas vítimas. Isso dificulta a elucidação dos casos”, disse.
Além da falta de testemunhas, a delegada sofre com problemas de infraestrutura na DMA. Os problemas vão desde ausência de condições de trabalho até a falta de computadores. “O prédio não tem condições de trabalho. Esperamos até o fim do ano, mudar para outro local. Além disso, sofremos sem computadores e viaturas”, afirmou.
Fonte: Diário do Nordeste